quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Força e Superação: Herbert Vianna


Aos idiotas: o meu silêncio. - Embora para eles não fará diferença alguma, pois nem isso entenderam.


Herbert nasceu em João Pessoa, mas devido à vida militar de seu pai, o brigadeiro Hermano Viana, mudou-se ainda criança para Brasília, onde conheceu Bi Ribeiro. Ao se mudarem para o Rio de Janeiro fundaram os Paralamas (mas alguns consideram os Paralamas parte da “turma de Brasília”, como Capital Inicial e Legião Urbana) com o amigo Vital Dias na bateria.

Após substituírem Vital por João Barone, Herbert compôs a música “Vital e Sua Moto”, em homenagem ao amigo, a qual se tornou o primeiro sucesso dos Paralamas e que renderia o contrato com a EMI

Depois de 10 anos de sucesso da banda, Herbert gravou o disco-solo "Ê Batumarê" (1992). Mais dois seriam gravados, "Santorini Blues"(1997) e "O Som do Sim" (2000), cheio de participações como Cássia Eller, Fernanda Abreu, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.

Em fevereiro de 2001, o Brasil parou diante do noticiário: Herbert Vianna, líder dos Paralamas do Sucesso, havia sofrido um grave acidente aéreo e estava entre a vida e a morte.

Herbert desde cedo gostou de pilotar helicópteros e ultraleves. Em 2001, Herbert passou pelo momento mais crítico de sua vida. No dia 4 de fevereiro, sofreu um acidente aéreo em Mangaratiba, RJ, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar, na baía de Angra dos Reis. No acidente, Lucy (sua esposa na época) morreu e Herbert ficou internado durante 44 dias, parte deles em estado de coma. O músico ficou paraplégico e perdeu parte da memória depois do acidente, porém, em um processo de recuperação gradual, retomou sua carreira, voltando aos palcos, e já tendo gravado quatro álbuns após o acidente: Longo Caminho (2002) -preparado antes do acidente-, Uns Dias (2004) -ao vivo-, Hoje (2005) e Brasil Afora (2009).

Mas a história teve um final feliz e agora vira filme, o documentário “Herbert De Perto”.

Dirigido por Roberto Berliner e Pedro Bronz, o longa-metragem mostra a trajetória do músico desde o lançamento dos Paralamas, nos anos 1980, até sua luta pela recuperação e o surpreendente retorno aos palcos, em 2002. “Minha principal motivação foi a história de amizade que tenho com esse grande cara, que é um exemplo de superação para todos nós”, diz Berliner, que conhece Herbert há 26 anos.      
                                                                                                             
Após o acidente, que matou a mulher de Herbert, Lucy, e o deixou paraplégico, o cantor enfrentou um longo período de recuperação das graves lesões neurológicas que sofreu. Entretanto, o filme tenta manter distância do clima dramático para atender, segundo os diretores, a um pedido do próprio Herbert. “Ele disse que não queria uma direção que fizesse chorar”, conta Berliner.

Retrato de uma geração:
A produção mescla imagens de arquivo e entrevistas realizadas com pessoas próximas a Herbert, como seus companheiros de grupo, Bi Ribeiro e João Barone, seu irmão Hermano Vianna e o amigo Dado Villa-Lobos. “O maior desafio foi reunir todo esse material, que veio de diversas fontes. Não é apenas um perfil do Herbert, é um retrato também de toda uma geração”, afirma Berliner.

Herbert Vianna é amigo de Jimmy Page, lendário guitarrista do Led Zeppelin. Quando sofreu o acidente a partir do qual ficou paraplégico, Page veio da Inglaterra visitá-lo no Rio de Janeiro e vê-lo como estava, pessoalmente. Herbert, numa situação anterior, havia lhe dado uma guitarra de presente.


"Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas. Mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde, outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor, é cafona. Sinceridade, é careta. Pudor, é ridículo .Sentimento, é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não! Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso. A máxima moderna é uma só:  "pagando bem que mal tem?" A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa, a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. 
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas... uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, e turbinados aos 20 anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme e que o amor sobreviva. "Cuide bem do seu amor, seja ele quem for ."

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